quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Terapia Comportamental para ajudar a ultrapassar os sintomas da MENOPAUSA!

A conclusão faz parte de um estudo britânico publicado no jornal científico norte-americano Menopause, no qual os investigadores seguiram um grupo de mulheres durante seis semanas. Algumas das participantes foram submetidas a uma terapia cognitiva e, no final do período da experiência, mais de dois terços disse sentir melhorias significativas tanto nos afrontamentos durante o dia como nos suores nocturnos.

Em geral, aquando da menopausa, para combater este tipo de sintomas a maioria das mulheres faz terapêutica de substituição hormonal. No entanto, alguns dos possíveis efeitos secundários destes medicamentos – como um maior risco de doença cardíaca, de problemas de circulação e de cancro da mama – fazem com que cada vez menos mulheres optem por estes tratamentos. Existem também alternativas naturais como a soja, mas cuja evidência científica ainda é muitas vezes considerada insuficiente.

“Estes resultados sugerem que a terapia cognitiva e comportamental em grupo ou individualmente é uma opção eficaz de tratamento para as mulheres fazerem a transição da menopausa para a pós-menopausa em termos de afrontamentos”, explica Myra Hunter, do King’s College, que coordenou o estudo, citada pela Reuters.

A terapia cognitiva e comportamental já é bastante utilizada noutro tipo de problemas, como distúrbios do sono ou alterações do foro digestivo. Tem como base tentar alterar a percepção dos participantes em relação aos acontecimentos e sobretudo os pensamentos mais negativos que podem influenciar os sintomas físicos.

Myra Hunter diz que, neste estudo em concreto, ajudaram as participantes a aceitar a nova fase em que estavam a entrar e a utilizarem a respiração para controlar os afrontamentos. Para isso escolheram 140 mulheres que tivessem afrontamentos e suores nocturnos pelo menos dez vezes por semana e há mais de um mês. As mulheres foram divididas e algumas tiveram terapia em grupo; outras uma versão de auto-ajuda que podiam seguir em casa e outras nenhum tipo de tratamento. As sessões de grupo foram feitas quatro vezes por mês e as mulheres que ficavam em casa tinham apoio telefónico de um psicólogo, um livro e um CD.

Depois de seis semanas, 65% das mulheres que tiveram terapia de grupo disseram ter sentido uma redução significativa dos afrontamentos. Nas mulheres que ficaram no grupo da chamada “auto-ajuda” o número subiu para 73%. Nas mulheres sem qualquer tratamento o número ficou-se nos 21% – valores que os autores atribuem sobretudo à mudança de percepção perante a menopausa conseguida nos dois primeiros casos.

A menopausa, que significa a cessação das menstruações, é um fenómeno fisiológico que se deve à redução gradual do funcionamento dos ovários e que, em geral, ocorre por volta dos 50 anos, sendo que varia muito em cada caso.


http://www.psicologia.pt/noticias/ver_noticia.php?codigo=NO01545&area=d5

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